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Viagem que fizemos ao Vale da Babilônia no feriado do Dia do Trabalho de 2014.
DIÁRIO DE BORDO
VALE DA BABILÔNIA
O Vale da Babilônia se localiza na parte de baixo da Serra da Canastra. Aproveitamos o feriadão do Dia do Trabalho para conhecê-lo. Saímos às 7h do dia 1º de maio de 2014. O trajeto era ir até Delfinópolis passando por Franca. Por esse caminho, para chegar a Delfinópolis, temos de atravessar o Rio Grande de balsa. Foi tranqüilo e muito bonito. A água estava com aquele aspecto esverdeado e dava pra ver que ela era cristalina. Muito bonito. De Delfinópolis pegamos o caminho para conhecer o Vale da Babilônia. Até ali, tínhamos ido pelo asfalto. A partir dali, só terra. No começo, seguimos uma camionete, mas como os motoristas estavam com muita pressa, esperamos a poeira baixar, isso não é uma metáfora, e aí seguimos nosso caminho. Na cidade de Vargem Bonita, que meu amigo Glauco teimava em chamar de Vargem Grande, estava acontecendo um evento bastante interessante: Canastra Rock. Por isso, e por ser feriado, as estradas estavam bem movimentadas. Nossa primeira parada foi numa cidade chamada Olhos D’Água. Gostei demais do nome da cidade. Bem poético. Por causa do Canastra Rock, todo mundo dizia que as pousadas no Vale e nas cidades dos arredores estavam lotadas. Começamos a nos preocupar, pois não tínhamos feito reserva e dormir no meio do mato no Outono não é uma boa escolha. Nem para os campistas mais experientes. Para nós, era uma péssima ideia. Por isso, combinamos, o Glauco e eu, de pararmos em todas as pousadas do caminho e perguntar sobre vagas. Minha experiência off Road foi fantástica. Adorei demais. Depois do curso que fiz e do treino numa estrada de terra perto de Uberaba, esta foi a prática real após a teoria do curso em Ipeúna. Modéstia à parte, acho que me saí muito bem. O Vale da Babilônia oferece vários tipos de terrenos com vários graus de dificuldade. O curso me ajudou bastante e, agora, ficou fácil pilotar em pé na pedaleira. Ficou fácil, mas não quer dizer que já domino a técnica. Apenas comecei. A certa altura, apareceram uns caras com motos iguais às nossas: Transalp e Gs800. Passaram por nós como um tiro. Bem, nem tanto. Mas passaram rapidinho. Morri de inveja. Percebi o quanto falta ainda para eu dominar a técnica do Off Road. Bem, passamos por uma pousada: a Boa Esperança do senhor Ênio. Gente muito boa. Estava lotada. Inclusive com vários campistas. Como não tínhamos levado barraca (isso foi um erro), não dava pra ficar ali. Gentilmente, o Sr. Ênio ligou para a pousada Recanto do Cristo do amigo Odair. Havia vagas. Reservamos um quarto para dois. Pronto. Primeiro problema resolvido. Um dos nossos objetivos com essa viagem era conhecer a Cachoeira do Quilombo. A mesma ficava perto da pousada do Odair, então, estava tudo muito bem encaminhado. Depois de uma estradinha muito divertida, chegamos à pousada. Fizemos check in e seguimos para a Cachoeira do Quilombo. R$15,00 a entrada. Achamos caro. Parece que toda cachoeira fora do parque se tornou privativa e deve-se pagar para desfrutar desse presente da Natureza. A Cachoeira do Quilombo é bem bonita e vale a pena visitá-la. Ficamos pouco por ali e vimos o riozinho que teríamos de atravessar quando fôssemos para Vargem Bonita. Pareceu-nos muito interessante. Combinamos de gravar a travessia. Como a água estava fria, nem pensamos em entrar. Dali, voltamos para a pousada. Tomamos um banho super gostoso e seguimos para o jantar e as cervejinhas de praxe. Foi tudo ótimo. O atendimento na pousada foi maravilhoso. A comida, sensacional. Feita em fogão à lenha, claro. Devido ao cansaço, deitamos cedo: 21h.
Também acordamos cedo no dia 02 de maio em nosso segundo dia dessa aventura fora de estrada: 7h. Tomamos um super café com todos os biscoitos, pães de queijo, bolo, etc. tudo feito ali mesmo. Impressionante! Eita cafezinho bom!!! Depois dos arranjos fomos para a programação do dia. Visitar duas das três cachoeiras que ficaram para trás: Vale do Céu e Cachoeira do Facão. Fomos direto para a Vale do Céu. R$60,00 para entrar. Achamos um abuso. Não entramos e seguimos para a cachoeira do Facão: R$10,00 para entrar. Achamos razoável e fomos. Magnífica!!! Simplesmente magnífica. Para mim, é a mais bonita cachoeira do Vale da Babilônia. Há um lago embaixo. Você sobe mais um pouco e encontra uma cachoeira de uns 5 metros de queda que forma um magnífico poço. Se não estivesse frio, daria para nadar tranquilamente. É muito, mas muito bonito mesmo. O melhor lugar que vi até agora. Mas não é só isso. Se você subir mais um pouco na trilha, encontrará uma outra cachoeira com 10 metros de queda. Linda! E com outro poço magnífico embaixo. Ai se não fosse esse tempinho frio... Enfim, recomendo vivamente a Cachoeira do Facão. Não percam e, se estiver no verão, mergulhe à vontade. Infelizmente, não há nenhuma infra-estrutura por enquanto. Mas já estava sendo construído um bar e que dará também apoio aos trilheiros, vendendo gasolina e peças de moto. Achei bárbara, a ideia. Vamos ver... Dali fomos para a tal de Wanda. Famosa em todo o vale, mas para achar tem de se olhar para uma placa minúscula. Falta de marketing total. Enfim, já subindo a famosa Serra Branca, percebemos que já havíamos passado a dita cuja e voltamos. Decepção para mim. Não achei nada de mais nessa parada. É só fama mesmo. A comida típica não supera a que comemos no Restaurante do Xodó e muito menos a que comemos na Pousada Recanto do Cristo. Portanto, sem novidade. Mas valeu para conhecer. Depois do almoço, era a hora da travessia. Fomos a ela. Foi tudo jóia. Coloquei o pé no chão e tudo o mais, mas valeu a pena. Foi a primeira travessia com água forte e um pouco mais profunda. Filmamos, claro, né! Depois dessa parte, iríamos conhecer uma vinícola no meio do Vale. É mole? Eu nem sabia que havia uma vinícola ali. Mas esquecemos!!!!! Puta Merda. Cabeça de vento a minha!!!!! Fica para a próxima. Shit!!! Bem, dali seguimos a estrada de terra até Vargem Bonita. É a chamada estrada dos Canteiros. Meu, é uma estradinha do cão! Tem de tudo. Subidas e descidas bem acentuadas e estrada de pequenas pedrinhas que a tornam bem escorregadia. E Vargem Bonita não é nada perto. Andamos umas duas horas. Pensávamos que seria mais próxima. O importante é que chegamos tudo bem. Dali, Vargem Bonita, seguimos para Piumhi onde dormimos. No terceiro dia de nossa viagem, 3 de maio, pilotamos até Escarpas do Lago. Não vale a pena. Nada de interessante para ver a não ser casas gigantescas. Seguimos para o Restaurante do Turvo. Lá, fizemos um passeio de lancha a R$60,00 por pessoa durante 2h. Visitamos alguns cânions. A água estava incrivelmente baixa: 6 metros abaixo. Mesmo assim, o passeio foi lindo! Vimos cachoeiras, nadamos e tiramos muitas fotos. Almoçamos a famosa traíra desossada no Restaurante. Depois de 3 Stella Artois, voltamos para Uberaba. Chegamos às 17h30 depois de 821,9Km rodados. Feriadão chique no úrtimo.