Oziris Borges Oziris Borges

viagens

PETRÓPOLIS
Periodo: 27/4/2012 a 1/5/2012

Este é o relato e fotos de nossa viagem até a cidade de Pedro, isto é, Petrópolis.

DIÁRIO DE BORDO

27/4/2012

28/4/2012

29/4/2012

30/4/2012

1/5/2012

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1/5/2012

01.maio.2012, terça-feira – quinto dia – de Petrópolis(RJ) a Uberaba(MG)– 912,2 km – Das 6h10 às 18h10. Tempo total: 12h de pilotagem.

 

Começamos bem o dia comemorativo do trabalho, 01 de maio: pilotando nossas motos. A volta é sempre mais rápida que a ida. Deve ser a vontade de chegar a casa. É interessante que tanto a ida quanto a volta são povoadas de expectativas. Queremos sair, visitar novos lugares, conhecer gente diferente. Daí toda a ansiedade pela viagem. No entanto, quando estamos voltando, também ficamos ansiosos. Não somente pela viagem em si, mas também porque queremos retornar ao nosso porto seguro, à nossa intimidade. É importante sairmos de nossa zona de conforto em que nossa casa é o ponto central. Saindo dessa zona de conforto, as possibilidades de aprendizado são muito maiores. No entanto, também é bom termos esse terreno seguro para descansar um pouco, relaxar e aproveitar a vidinha cotidiana. Esse equilíbrio entre a zona de conforto e a zona de risco é extremamente salutar para nossa saúde física e mental. E nós, pilotos, temos por base justamente esse equilíbrio na medida em que ter moto significar viajar, significa correr riscos! É claro que existem as exceções. Aqueles que têm moto apenas para dar uma voltinha no quarteirão no final de semana. Mas acredito que esses são a minoria. Penso que a maioria dos proprietários de motos grandes as tem para viajar. Aliás, venho notando que o número de motociclistas nas estradas aumentou muito. Isso é muito bom. Depois dessa digressão, voltemos à nossa viagem. Saímos bem cedinho, às 6h. Nem tomamos café, pois o mesmo só seria servido a partir das 7h. Pedimos para a recepção nos acordar às 5h da madruga. Queríamos chegar cedo a Uberaba, evitando pilotagem à noite. Amanheceu chovendo. Mas, para o motociclista, isso não é problema. Como dizemos: “Se tiver chovendo, nóis móia!” Eu deveria ter colocado a capa de chuva, mas pensei que aquela chuvinha iria parar assim que passássemos a serra. Ledo engano. A chuva nos acompanhou até as 9h da manhã. Quando resolvi colocar a capa, já estava todo molhado e com frio. Foi burrice, mas aprendi a lição. Se estiver chovendo, mesmo que pouco, porei a capa. Depois a gente tira. É a preguiça de ficar colocando e tirando a capa que nos faz cometer essas burradas. A descida da serra foi um pouco tensa, pois além da pista molhada, enfrentamos um nevoeiro, que não estava tão forte, mas incomodava e diminuía nossa visibilidade. Felizmente, a descida da serra não é muito longa, cerca de 30Km mais ou menos. A velocidade recomenda é de 70km/h. Descemos até com velocidade menor em vários trechos. Quando passamos por ali no domingo de táxi, vimos uns três ou quatro acidentes. O Luís, nosso taxista, comentou que todo dia ocorre acidentes naquela serra. Isso nos deixou ressabiados e muito atentos para quando fôssemos descer na segunda. E foi o que aconteceu. Viemos com muita cautela e, graças a Deus, nada aconteceu. Viajar de moto é assim: temos de saber os limites. Resolvemos voltar por um outro caminho. Para facilitar nossa volta, escolhemos rodar apenas por pistas excelentes e que fossem duplicadas. Mesmo que tivéssemos que pagar pedágios, a escolha foi certa. Só pegamos pista boa. Depois da serra, pegamos a Dutra, depois a Carvalho Pinto, D. Pedro e, finalmente, Anhaguera. Rodamos grande parte da Dutra sob chuva. Depois, ela parou, mas o tempo continuava nublado. Quando já estávamos na Carvalho Pinto, o tempo limpou de vez. Quando chegamos à Anhaguera, o céu estava todo azul. Praticamente, não havia mais nuvens e foi assim até chegarmos a Uberaba. Foi tudo muito bem. Toda a viagem foi tranqüila e chegamos cedo, ao anoitecer. Eram 18h10min quando entramos na cidade. O dia ainda estava claro. Rodamos 912,2Km. Apenas 33Km a mais do que fizemos na ida e as rodovias de volta são bem superiores.