Oziris Borges Oziris Borges

viagens

MOTO EXPEDIÇÃO CHILE
Periodo: 5/1/2011 a 29/1/2011

Aqui vai o relato de nossa viagem que fizemos de 05 a 29 de janeiro de 2011. Fomos em duas motos: eu e minha esposa, Ana Carolina numa V-Strom 650. E o amigo Sanches numa Boulevard 800.

DIÁRIO DE BORDO

5/1/2011

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30/1/2011

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24/1/2011

Saímos de Bariloche cedo e descobrimos que vários postos estavam sem gasolina. No começo, ficamos preocupados, mas, na saída, havia um posto BR que tinha gasolina normalmente. Abastecemos nele e rumamos para Neuquén. O caminho é maravilhoso. À nossa direita havia um rio de águas muito verdes que nos acompanhou por uns 90Km. A  paisagem é belíssima. Essa região é conhecida pelos fortes ventos laterais, inclusive vimos uma placa com esse aviso. Felizmente, não pegamos nenhum vento. Um detalhe importante é que nesse trecho há pouquíssimos postos de gasolina. Na realidade, o primeiro se encontra a 209,8Km. Então, jamais saia de Bariloche em direção a Neuquén sem antes de abastecido. E se a autonomia da moto for menor que 200Km, leve gasolina reserva. Nesse trajeto o calor foi muito grande, por isso resolvemos parar mais cedo em Neuquén e por estarmos cansadíssimos. Foi o dia em que mais me senti cansado. Acho que o calor roubou nossas energias. Em determinados lugares é um retão só e os carros vem numa velocidade muito, muito grande. Então, nunca tire o olho do retrovisor, pois um carro que aparentemente está longe logo, logo estará ao seu lado. Levei vários sustos nesse caminho. Como queríamos trocar o óleo da moto, paramos cedo, por volta das 16h. Saímos a procurar mecânico e vimos que a maioria das portas estavam fechadas. Ficamos preocupados e achamos estranho o fato de estar tudo fechado, mas, de repente, as portas começaram a abrir e foi aí que nos tocamos. Era a hora da sesta por isso estava tudo fechado mesmo sendo apenas 17h. Bem, encontramos um mecânico muito gente boa que se chama Gabriel. Ele foi legal conosco e nos deu toda a atenção. Trocou o óleo e ficamos batendo um papo. Ele nos contou uma história interessante. Primeiro ele disse que naquela época, janeiro, fevereiro e março, muitos motociclistas passam por lá. Isso só veio confirmar o que presenciamos na estrada: muitos motociclistas brasileiros. Mas ele também nos contou o caso interessante de um russo que passou pela oficina dele no ano anterior, ou seja, em 2010. Esse motociclista veio com sua moto desde a Rússia então, para sair e entrar em vários países, havia uma lista de tudo o que tinha na moto, todas as peças e, se ele fosse trocar qualquer coisa, tinha que trocar obrigatoriamente pela mesma marca, pois se não ele teria problemas ao voltar. Imaginem só? E se o coitado não encontrasse, por exemplo, um pneu da mesma marca? Que complicação desnecessária. Bem, trocado o óleo, voltamos para o nosso hotel, que ficou caro, por isso não recomendo. Devíamos ter seguido até o centro de Neuquén. Na verdade, nos enganamos. Quando começamos chegar a Neuquén, como a rodovia corta a cidade ao meio, tivemos a impressão de que a cidade estava acabando, mas na realidade só estávamos começando a entrar nela. Neuquén é uma cidade muito extensa em cumprimento, pelo menos foi essa a impressão que tive. E como a rodovia corta-a pelo meio, depois de termos andando bastante vendo algumas fábricas e vilas do lado da rodovia chegamos a um ponto que pensamos que a cidade tinha acabado, mas na verdade ainda podíamos andar muito mais até chegarmos ao centro da mesma. Se tivéssemos feito isso, teríamos encontrado um hotel mais em conta. Quando chegamos a Neuquén, me deu uma vontade louca de parar num barzinho e beber umas cervejas. Então, depois de trocarmos o óleo, procuramos, procuramos e... nada. Na argentina de modo geral, não há barzinhos como aqui no Brasil. Talvez, se estivéssemos no centro, teríamos encontrado algum boteco, mas ali num bairro afastado não havia nada e olha que andamos bastante. Nem no posto de abastecimento havia bebida alcoólica. Por fim, encontrei uma padaria com uma portinha muito estreita. Vendia cerveja, mas tinha que levar. Então, desisti. Voltamos para o hotel e esperei a hora do jantar. Como o hotel tem um restaurante nele mesmo, jantamos bem, acompanhados de um vinho chileno que trouxera de Puerto Varas. Daí, fomos dormir embalados pelo vinho chileno.