Oziris Borges Oziris Borges

viagens

MOTO EXPEDIÇÃO CHILE
Periodo: 5/1/2011 a 29/1/2011

Aqui vai o relato de nossa viagem que fizemos de 05 a 29 de janeiro de 2011. Fomos em duas motos: eu e minha esposa, Ana Carolina numa V-Strom 650. E o amigo Sanches numa Boulevard 800.

DIÁRIO DE BORDO

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30/1/2011

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13/1/2011

Hoje, saímos tarde, 8h30. Na aduana, Paso de los Libres, foi um pouco demorado. Tivemos que preencher algumas folhas e o rapaz da aduana nos recomendou que não perdêssemos o tal papel de jeito nenhum. Realmente, usamos ele todas as vezes que parávamos em uma aduana. Fomos ajudados por um senhor argentino assim que chegamos. Não consegui identificar se ele era funcionário da aduana. Parece que sim. Ele nos deu todas as informações e nos indicou os guichês para os quais deveríamos ir. Muito simpático mesmo. Também nos falou sobre o caminho a seguir, que era em direção a Córdoba. Na aduana, trocamos R$430,00. Isso nos deu 1000 pesos argentinos, portanto, cada peso argentino saiu a 0,43 centavos. Não levamos dólares, apenas reais. Levei R$ 2000,00 e isso foi suficiente para toda a viagem.

            Seguimos então pela Ruta 14, depois 127 e depois 19 até chegar a San Francisco. Como de praxe, no primeiro posto policial em Entre Rios, logo depois que passamos o cruzamento chamado 4 bocas, fomos extorquidos. Os policiais nos pararam e então pediram uma graninha. Meu amigo deu 5 pesos e eu, com menos sorte, desembolsei 30 pesos. Em troca, me deram um atlas da argentina. Até que não foi mal negócio. O atlas não é nenhuma maravilha, mas é interessante para visualizar melhor esse país sensacional que é a Argentina. Esse foi nosso único problema com a polícia argentina.

            Assim que entramos, abastecemos num posto da YPF. A moto já sentiu diferença com a excelente gasolina argentina. Estava puxando mais, indo bastante fácil. Deu vontade de encher vários galões para levar pra casa na volta. A Ruta 14 começou muito ruim, mas depois melhorou. Por todos os lugares que passamos, vimos reformas nas rutas. Parece que o país está investindo bastante nas estradas. Encontramos muitos motociclistas na estrada hoje, uns 12 no mínimo. Em um posto, encontramos um casal que estava viajando sozinho numa Falcon. Foram até o Atacama e estavam voltando. Vimos outros pilotos sozinhos também. Pelo menos dois. Isso me serviu para questionar o senso comum que diz que se deve viajar em mais motos. Na verdade, o perigo sempre existe independente da quantidade de pessoas viajando. Sempre há argumentos para ficarmos em casa, parados. E se acontecer isso... e se... e se... Bem, de minha parte, se não houver companhia, viajo sozinho mesmo.

            Nesse primeiro dia, retomei uma reflexão que fiz da primeira vez que passei pela argentina, também de moto, em 2002. Às vezes, rodávamos centenas de quilômetros por essas três rutas sem ver nenhum tipo de campo cultivado. Nada. Era mato. E também não havia gado. Então, fiquei pensando novamente com meus botões, como é que esse país come??? Onde estão as grandes plantações de qualquer coisa? Arroz, feijão, sei lá? Fiquei impressionado com a quantidade de terras improdutivas. E isso se repetiu em outros caminhos que tomamos também. Isso não é característica exclusiva da província de Entre Rios!!!

            Bem, chegamos cedo em San Francisco. É uma cidadezinha muito bonita e simpática. Ficamos num hotel central, chamado Hotel Americano. O senhor que nos atendeu era estranho. Quando perguntamos quanto seria a pernoite, ele demorou bastante para responder, como se estivesse pensando o quanto a mais cobraria de nós. Fiquei desconfiado e muito chateado com isso. Mesmo assim, acabamos por ficar nele, sem direito a café da manhã. Não recomendo este hotel. Em compensação, perto do hotel, na esquina, havia um café/restaurante muuuuuuuuito chique, muito legal mesmo. O nome dele é Nuevos Aires resto-bar. Foi lá que tomamos nossa primeira Quilmes. Depois das primeiras Quilmes, jantamos nele e também tomamos café da manhã no dia seguinte. Endereço: Rua Mitre, 111 esquina com Rua Iturraspe. E fomos muito bem atendidos. Pena que se perderam as fotos. Como ficava na esquina, observamos o trânsito maluco nessa cidade. Não há placa de pare. Teoricamente, quem desce, tem preferência, mas isso é na teoria. Havia buzinaço quase toda hora. E os motociclistas sem capacete. Também me surpreendeu a quantidade de motos de pequena cilindrada tipo nossa antiga garelli. Muitas mesmo.