Oziris Borges Oziris Borges

viagens

MOTO EXPEDIÇÃO CHILE
Periodo: 5/1/2011 a 29/1/2011

Aqui vai o relato de nossa viagem que fizemos de 05 a 29 de janeiro de 2011. Fomos em duas motos: eu e minha esposa, Ana Carolina numa V-Strom 650. E o amigo Sanches numa Boulevard 800.

DIÁRIO DE BORDO

5/1/2011

6/1/2011

10/1/2011

11/1/2011

12/1/2011

13/1/2011

14/1/2011

15/1/2011

16/1/2011

17/1/2011

18/1/2011

19/1/2011

20/1/2011

21/1/2011

22/1/2011

23/1/2011

24/1/2011

25/1/2011

26/1/2011

27/1/2011

28/1/2011

29/1/2011

30/1/2011

Voltar para a galeria de fotos

27/1/2011

Hoje, o dia foi bastante tranqüilo. Levantamos, tomamos café, lubrifiquei a corrente da moto, aliás, fiz isso todos os dias da viagem. Quando se viaja com motos cuja transmissão é corrente, não podemos correr o risco de estragar essa peça juntamente com a coroa, pois nem sempre é fácil encontrar o conjunto de relação. Depois, abastecemos e seguimos viagem a caminho da cidade brasileira de Chuí. Nossa intenção era chegar a nosso país. A rodovia de saída e chegada a Colônia de Sacramente via Montevidéu é linda. É um trecho em que há coqueirais em ambos os lados. Tem-se então um visual muito impactante, de rara beleza. A rodovia que sai de Colônia de Sacramento e que segue até Chuí é simplesmente perfeita. É uma das melhores estradas por que passamos em toda a viagem. E praticamente não tem movimento. O movimento se encontra na travessia da capital, Montevidéu. Ali a rodovia fica movimentada e pouco sinalizada, mas continuamos nos movendo nela. Mesmo depois de termos passados pela capital, a rodovia segue movimentada por vários quilômetros, pois há várias cidades próximas a Montevidéu. Mas esse é o único trecho mais complicado. Quando cruzávamos Montevidéu, paramos para abastecer. Os frentistas do posto nos atenderam com muita atenção e alegria ao ver que éramos motociclistas brasileiros. Além disso, eles estavam acostumados a verem motociclistas como nós. Prova disso é que na cabine de pagamento, havia vários adesivos de Moto Clubes brasileiros. Foi interessante essa recepção. Em toda a viagem, só tínhamos tido problema com a polícia argentina no famoso trecho de Corrientes onde fomos extorquidos um pouquinho. Nesse trecho da rodovia uruguaia, a velocidade máxima era 100Km! Uma estrada dupla, perfeita, mas de baixíssimo limite de velocidade. É claro que não andávamos nessa velocidade, era impossível. Rodamos a 120Km. E foi aí que fomos parados pela polícia uruguaia. Um policial bastante simpático nos parou e avisou que estávamos bem acima da velocidade máxima permitida. Aí ele nos deu uma canseira boa, ficamos conversando mais de 30 minutos. Chegou uma hora que eu não entendi o que ele estava falando e pensei que estivesse querendo propina, então ofereci o que tinha na carteira. Felizmente, meu amigo, que entende bem o espanhol e também fala, resolveu o problema do mal entendido. Ele nos perdoou a velocidade e mandou seguir. Daí em diante, viemos numa velocidade menor devido ao susto. Mas algumas dezenas de quilômetros à frente voltamos aos 120Km. Dadas as condições da estrada, é realmente impossível entender porque o limite é tão baixo nessa rodovia do Uruguai. Bem, chegando à divisa com o Brasil a paisagem vai ficando cada vez mais parecida com a que estamos acostumados. Mas aconteceu um fato inusitado. A determinada altura, a rodovia se alarga desmesuradamente e vimos uma placa avisando que ali, naquele trecho, também é local de pouso de aviões. Como? Quer dizer que estou aqui atravessando a pista e pode vir um avião e pousar aqui??? Achei absurdo, mas é verdade. A pista serve para carros e aviões. Acho que deve ser somente em caso de emergência, né? Mas mesmo assim, muito estranho. Finalmente, chegamos à fronteira, ao Chuí. Foi uma sensação muito boa, estar de volta ao nosso país. Resolvemos parar em Chuí mesmo, pois a próxima cidade estaria bem longe e não queríamos arriscar, principalmente porque atravessaríamos a reserva do Taim que tem muitos animais e que poderiam provocar algum acidente se precisássemos rodar à noite. Na cidade de Chuí, ficamos no Hotel Bianca. Recomendamos. É um hotel simpático, barato e com garagem coberta. O café da manhã é à parte e bem ruinzinho. O hotel fica na Rua Chile, 1620. Tel. 3265-1500. Saímos para conhecer a cidade, o centro, entramos em algumas lojas. Os preços, na parte Uruguaia são menores que no Brasil realmente. Depois fomos almoçar. Queríamos uma churrascaria, mas as boas estavam fechadas. Por sorte, encontramos um self-service muito bom e que estava abrindo as portas naquela hora. Fomos muuuuito bem atendidos lá. Comemos bem e tomamos umas cervejas Patrícia geladíssima. Do jeito que a gente gosta. Foi chique. Empanturrados de cerveja e comida, voltamos ao hotel para nossa primeira noite em chão brasileiro.