Oziris Borges Oziris Borges

viagens

PATAGÔNIA
Periodo: 2/1/2012 a 29/1/2012

Nesta viagem fui até a cidade mais ao sul do planeta, Ushuaia. Conheci várias regiões da Patagônia tanto argentina quanto chilena.

DIÁRIO DE BORDO

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5/1/2012

05.jan.2012, quinta-feira – quarto dia – de Mercedes (AR) a Viedma(AR) – 956,1Km.  3662,8 km rodados desde Ribeirão-Preto – Das 7h10 até às 19h30. Tempo total: 12h20 de pilotagem.

 

            Hoje o dia foi bem tranqüilo. O caminho era um só: chegar à Ruta 3 e não sair mais dela. Infelizmente, errei uma rotatória, rotonda para los hermanos. Perdi uns 10Km nisso. Outro apuro pequeno foi um trecho que está sendo reformado na Ruta 3. Passei justamente depois que eles tinham jogado água para não ficar levantando poeira. A moto patinou algumas vezes e pensei que fosse ao chão, mas, felizmente, nada aconteceu. Era para chegar ali pelas 17h30 em Carmen de Patagones, destino final de hoje depois que cheguei em torno de 14h em Bahia Blanca. Era muito cedo para parar e como eu queria conhecer Carmen de Patagones por causa de uma bandeira brasileira que há na igreja central, rumei para lá. Fui até a igreja, muito bonita por sinal, e conheci a famigerada bandeira. Na realidade, são duas, uma de cada lado que foram postas ali desde 1965. É uma curiosidade. Data do Império, de uma batalha de 1867. Como estou sem pesos argentinos, pois fiz a burrada de esquecer de trocar na aduana uruguaia/argentina, fui até um hotel e não deu pra ficar lá, pois não aceitavam tarjeta (cartão de crédito). Tentei sacar dinheiro num caixa eletrônico, mas não deu certo. Aí pensei, phudeu!!! Bem, como Viedma é maior e tem hotéis melhores, segui para lá, apenas 5Km de diferença. O que separa as duas cidades é um rio que se transforma em praia para los hermanos. Muito interessante. Dei um passeio pela orla e havia muito banhistas. Como o sol se põe às 22h, dá pra tomar um sol legal mesmo para as pessoas que trabalham manhã e tarde. Como eu já tinha visto e fotografado a tal da bandeira, rumei para Viedma para encontrar um hotel que aceitasse o cartão Visa. Fui até um indicado pelo Guia Patagônia da Publifolha. O hotel já está fechado. Então, um cidadão me indicou outro, que também consta do guia: Hotel Peumayén. Bom hotel. 220 pesos com estacionamento e café da manhã. Lá em Carmen, iriam me cobrar 190 pesos, então compensou. Não consegui retirar dinheiro dos caixas eletrônicos. Isso me preocupou, pois vou descer para uma parte menos povoada, ou seja, precisarei de dinheiro vivo até chegar à Aduana Argentina/Chile onde poderei trocar dinheiro.  No caminho, ainda há Comodoro Rivadavia que é uma grande cidade. Lá é certeza de eu encontrar uma casa de câmbio. Veremos.

            Outro ponto interessante deste dia foi o famoso vento patagônico. Ele começou a me pegar em Daireaux. Veio ficando cada vez mais forte até Bahia Blanca. Depois ficou de boa na Ruta 3 até Carmen de Patagones. Essa foi apenas uma amostra. Dizem que fica bem pior quanto mais se desce. Veremos amanhã.

            Hoje meu olho começou a arder demais. Há alguma coisa arranhando na parte de cima. Acho que tô forçando muito na viagem. Talvez meu organismo esteja ficando fraco. Tô sentindo isso. Preciso me cuidar. Hoje já começo a ficar mais tranqüilo. Não é necessário viajar tanto assim a cada dia.