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Nesta viagem fui até a cidade mais ao sul do planeta, Ushuaia. Conheci várias regiões da Patagônia tanto argentina quanto chilena.
DIÁRIO DE BORDO
22.jan.2012, domingo – vigésimo dia – 534,6Km – Esquel a Junin de Los Andes. Das 9h30 às 17h30, 8h de pilotagem. 10.160,5Km rodados desde Ribeirão-Preto.
Hoje acordei tarde. Dormi até as 8h. Tomei um café da manhã razoável no Residencial Ski, onde fiquei em Esquel. Recomendo este hotel, o preço é muito bom em relação ao que vi até aqui: 135 pesos, com café da manhã, garagem e wifi. Acordei tarde para relaxar e não ficar só viajando. Eu estava cansado não só fisicamente, mas também psicologicamente. Então, ontem fui a um bom restaurante e comi uma salada mista com filé de frango grelhado mais duas Quilmes de 650ml. Também dormi cedo, umas 22h. Acho que era o de que precisava, pois acordei renovado. Animado! E, em vez de parar em El Bolsón, resolvi tocar em frente e já cheguei a Junin de Los Andes. Tenho umas idéias muito bestas às vezes. Por exemplo, hoje tive uma dessas. Passei por San Martin de Los Andes, uma cidade linda com um lago às suas margens e notoriamente cara. Todos dizem o mesmo. Então resolvi ir para a cidade mais próxima que é Junin de Los Andes. Na minha cabeça, Junin ficava a 65Km de distância e já eram 17h30. Rumei para Junin, mas por quê? Já estava tarde, eu poderia ter parado e me hospedado. Qual o problema de gastar 50 pesos a mais? 25 reais mais ou menos? Que fossem 100 pesos, 50 reais. É por essas manias que às vezes fico cansado da viagem. Deveria ter parado naquela cidade linda. Quando passei por San Martin, armou um temporal. Tive de parar e pôr toda a tralha anti-chuva: capa, calça, polaina. Quando montei na moto e comecei a andar, abriu-se um clarão bem no rumo de Junin. Ou seja, não choveu nada e eu perdi mais tempo. Foi bom não ter pego chuva, claro, mas se eu tivesse parado em San Martin, teria evitado a mão de obra. Felizmente, meus cálculos estavam errados e Junin fica apenas a 10Km de San Martin. Realmente, peguei um hotelzinho baratinho, 100 pesos e aceita cartão de crédito, mas, devido ao temporal, está sem energia elétrica e eu não consigo acessar a internet para mandar notícias para a Carol. Ou seja, larga de querer economizar migalhas e fica num lugar decente da próxima vez.
Hoje passei pela Ruta 234, mais conhecida como a Ruta dos Sete Lagos. 40 quilômetros dela ainda são de terra, sem asfalto, mas as obras estão a todo o vapor. Até o final do ano, a antiga estrada não existirá mais, então foi muito legal passar por ela. Como os homens estão trabalhando nela para asfaltar, ela já se encontra muito boa, com terra dura e praticamente nenhum cascalho solto. A paisagem realmente é linda. Gostei muito de ter passado por ela ainda neste estado selvagem, sem asfalto. Deve ser muito lindo acampar por ali. Na parte asfaltada, havia muitos carros parados em alguns lagos(alguns dos sete que se localizam ao longo desta ruta). A água, de longe, era totalmente verde. Muito bonita.