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Tá chegando a hora de nossa próxima viagem. Já estamos na contagem regressiva. Haja coração!!! Nessa expedição conheceremos pontos históricos importantes do Peru. Na volta, passaremos pelo deserto de Atacama.
DIÁRIO DE BORDO
17.Julho.2012.Segunda-feira – décimo quinto dia – de Nazca(PE) a Camana(PE) – 390,1km – Das 11h54 às 20h. Tempo total:08h06 de pilotagem. 4875,6 Km rodados desde Uberaba(MG).
Hoje, acordei cedo: 06h30. O proprietário do Hotel disse que seria bomestar às 7h30 na recepção. Foi tudo bem. Só às 8h, a agência veio me buscar.Mais ou menos no horário. Fomos até o aeroporto para o voo sobre as famosaslinhas de Nazca. Meu voo aconteceu somente às 10h40. Foi incrível. É espantosovoar de avião e, lá de cima, ver aquelas figuras perfeitamente desenhadas: umcolibri, um condor, um macaco, uma aranha, etc. figuras enormes que só podemser vistas do alto. Pra quê? Como? Por quê? Mais um mistério que envolve osantepassados que habitaram esse país chamado, hoje, de Peru. Um país pobre,hoje, mas que já abrigou o maior dos impérios e um povo avançadíssimo para aépoca. É difícil olhar para o povo peruano hoje e, ao mesmo tempo, ver agrandiosidade que foi no passado. Parece que nada daquele heroísmo impera hoje.Os peruanos parecem um povo apagado, pelo menos por onde passamos. Depois dovoo, voltei ao hotel, troquei de roupa, tomei um café e saí para Arequipa commeus amigos. Como eles não fizeram o voo, só faltava eu para sairmos de viagem.Saímos de Nazca às 11h54. Foi tudo bem. Viemos pela Panamericana. Linda rodoviaque, formada por tantas outras, liga toda a América: sul, central e norte.Através dela, chega-se, da América do Sul até o Alaska (ainda pretendo fazeressa viagem). Percorremos a Panamericana até Camana. A rodovia é muito bela eestá sendo reformada em vários trechos. Vários outros estão zerados, acabaramde ser reformados. Há outros trechos que estão desgastados, mas, no geral,trata-se de uma rodovia linda. Hoje vimos o Pacífico pela primeira vez nessaviagem!!! Andamos do lado dele. Do lado direito, o oceano, do esquerdo, odeserto. Água e terra. Molhado e seco. Lembra bem a dualidade do povo quéchua. Bemapropriado. Em vários trechos, pegamos um vento formidável. E como estamosperto do mar, o vento joga areia na pista. Às vezes, pela sua força, a gentevia claramente aquele tapete zizagueante de areia soprada no asfalto. Emdeterminado trecho, a rodovia estava sendo reformada. O engenheiro, chamá-lo deestúpido é o mínimo, determinou que a rodovia fosse reformada dos dois lados aomesmo tempo. Em outras palavras, o trânsito ficou parado por quase 2h nos doissentidos. Nós estávamos de férias, então não nos incomodou tanto. Mas ali estavamparados ônibus e caminhoneiros. Imaginem num ônibus desses uma mãe com umacriança no colo. Imaginem o risco? Em vez de fazer metade da rodovia e, depois,a outra, o “chefe” resolveu fazer os dois lados ao mesmo tempo. Pode? Pois bem,depois de quase 2h fomos liberados. Viajamos por mais de hora e meia à noite enuma rodovia, muitas vezes, sem sinalização no chão. Felizmente, chegamos todosbem em Camana. Tínhamos intenção de chegar até Arequipa, mas não deu.